Não é preciso painéis solares para ter energia limpa do sol e descontos na fatura. A solução é ser ‘vizinho’ num Bairro Solar EDP, e os CTT dão uma ajuda.

Quem me dera poder instalar painéis solares, mas: não tenho espaço; vivo numa cave; a minha faturação não justifica o investimento; tenho pouca exposição solar. Qualquer uma destas justificações poderia ser considerada legítima, impedindo milhares de famílias e pequenos negócios de acederem às vantagens de produzir energia elétrica a partir do sol. Mas é precisamente esse o grande mérito das comunidades locais de energia, como os Bairros Solares EDP: levam energia limpa e sustentável, e também descontos sobre a energia autoconsumida, a quem não teria condições para instalar um sistema fotovoltaico.

Mas o que são as comunidades de energia?

O conceito das comunidades de energia para autoconsumo é muito simples. Um produtor - que pode ser uma empresa ou outra entidade com espaço suficiente e boa exposição solar, como um telhado ou um parque de estacionamento - acolhe um sistema de painéis fotovoltaicos superior às suas necessidades. E o excedente de geração elétrica é distribuído pelos ‘vizinhos’, famílias ou pequenos negócios da zona que aderem ao projeto.

Ao usar parte da energia gerada, ou o equivalente a isso, o produtor consegue uma poupança assinalável, e não tem custos extra ou iniciais, pois o investimento nos painéis está a cargo da empresa de energia. Já os seus ‘vizinhos’ podem também contar com um desconto sobre a energia autoconsumida, que resulta do excedente de produção elétrica. Além dos bairros solares de acesso público, também é possível constituir uma comunidade de energia mais limitada, como um condomínio fechado de habitação ou férias, em que os proprietários podem ou não aderir todos.

O número de famílias ou empresas abrangidas em cada comunidade depende da capacidade do sistema fotovoltaico e das necessidades tanto do produtor como dos vizinhos. Assim o raio máximo de ação para um consumidor de eletricidade conseguir aderir a um bairro solar pode variar entre 2 e 10 km de distância face ao sistema fotovoltaico. Uma coisa é garantida, um único produtor pode gerar excedente para centenas de residências ou pequenas empresas. A EDP Comercial tem já contratualizados mais de 1.200 Bairros Solares, capazes de dar energia a 31 mil famílias portuguesas.

Um apoio para negócios

As comunidades de energia são verdadeiramente uma situação em que todos ganham, e podem ter especial importância para as empresas, principalmente os pequenos negócios, que têm a garantia de uma redução dos custos de energia e de uma menor dependência energética. Seja o produtor, que apesar de ser uma micro empresa ou PME tem bastante espaço para a instalação dos painéis solares, seja um pequeno negócio como uma loja ou um café, que equilibra melhor as contas graças ao desconto na energia.

Também ganham as famílias que se tornam ‘vizinhos’; a rede de distribuição, que tem mais energia verde a reforçar o equilíbrio do sistema e a contribuir para a transição energética; a cidade e o país, que reduzem os níveis de poluição pela menor necessidade de energia vinda de combustíveis fósseis; e o planeta, que gradualmente se livra da emissão de gases de efeito estufa, para combater as alterações climáticas.

Todos saem beneficiados pelos bairros solares, que são uma das formas mais eficazes de ultrapassar a capacidade instalada de cerca de 9 GW de energia solar em Portugal, uma expetativa do Governo para 2030 que poderá ser antecipada vários anos. No caso da EDP, essa aceleração da transição energética, essa vontade de proporcionar energia limpa a cada vez mais pessoas, está bem presente nos 500 MW de painéis solares para autoconsumo instalados em vários países europeus, onde se incluem mais de 80 mil famílias e empresas só em Portugal.

CTT e EDP ‘entregam’ energia verde

Uma parceria recente entre a EDP e os CTT veio aumentar substancialmente o número de famílias e empresas que podem aderir a uma comunidade de energia em Portugal. O projeto arrancou com 20 Bairros Solares, em lojas e centros de tratamento postal CTT, que irão beneficiar milhares de ‘vizinhos’.

Os edifícios CTT integrados nessas comunidades de energia vão usar uma parte significativa da produção. Já os ‘vizinhos’ aderentes garantem um desconto de até 35% na componente de autoconsumo. Além disso, a instalação do sistema fotovoltaico não está dependente da angariação de ‘vizinhos’, que podem candidatar-se antes disso acontecer. No entanto, o processo será sempre submetido a aprovação por parte da Direção Geral de Energia e Geologia.

O objetivo é que a parceria entre os CTT e a EDP possa crescer progressivamente para novas localizações que permitam a criação de um Bairro Solar.

A criação de novos Bairros Solares e a capacidade instalada nos sistemas fotovoltaicos varia entre as diferentes localizações CTT. Esteja atento ao site EDP e às informações da sua loja CTT para saber onde e quando vão surgir mais comunidades de energia.