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Autoconsumo fotovoltaico. Como funciona?

Produza e consuma a sua própria energia solar. Saiba tudo sobre o autoconsumo fotovoltaico, benefícios, legislação e como fazer o registo. 

Nos últimos anos, Portugal tem-se destacado na vanguarda da transição energética, com a produção de energia renovável a atingir valores históricos e a transformar o panorama nacional. O autoconsumo fotovoltaico surge, neste contexto, como uma solução cada vez mais relevante e acessível, permitindo que particulares, empresas e comunidades produzam e utilizem a sua própria energia solar, reduzindo custos e a dependência da rede elétrica convencional. A EDP disponibiliza todo o tipo de soluções de energia solar, para que famílias e empresas possam beneficiar de energia limpa, segura e eficiente, reduzindo assim os seus custos. 

Segundo o Expresso, 2024 foi mais um ano recorde para a instalação de centrais fotovoltaicas em Portugal. A capacidade solar instalada está prestes a ultrapassar a da energia eólica, o que reflete o forte investimento nesta fonte renovável. No entanto, é importante distinguir entre capacidade instalada e produção efetiva: embora a solar esteja a ganhar terreno em termos de infraestrutura, a produção real ainda depende das condições de sol e do perfil de consumo. De acordo com dados recentes da REN, citados pelo Jornal de Notícias, no primeiro trimestre de 2025 as energias renováveis abasteceram 81% do consumo nacional de eletricidade. A produção foi liderada pela hídrica (39%), seguida da eólica (29%), fotovoltaica (7%) e biomassa (5%). Em março, a produção renovável chegou mesmo a cobrir 88% do consumo, reforçando o papel central das energias limpas na transição energética em Portugal. 

Neste cenário de mudança acelerada, o autoconsumo fotovoltaico assume-se como uma resposta inteligente e sustentável para quem procura poupar, garantir maior autonomia e contribuir para um futuro mais verde. Mas, afinal, o que é o autoconsumo solar, como funciona e que vantagens oferece?

O que é o autoconsumo solar?

O autoconsumo solar consiste na produção de eletricidade a partir de painéis solares instalados no próprio local de consumo - seja numa habitação, empresa ou edifício coletivo, até mesmo num apartamento sem acesso ao telhado. Esta energia pode ser consumida diretamente, armazenada em baterias ou, se houver excedente, vendida à rede, reforçando ainda mais a poupança mensal. O autoconsumo fotovoltaico distingue-se por promover a independência energética, a redução da fatura elétrica e a sustentabilidade ambiental.

Autoconsumo individual: produção para uma única unidade consumidora

No autoconsumo individual, a energia gerada pelos painéis solares é utilizada por uma única habitação ou nas instalações de uma empresa. O excedente pode ser armazenado ou vendido, tornando esta solução ideal para quem procura autonomia e redução direta dos custos energéticos. 

Autoconsumo coletivo: partilha de energia entre múltiplos consumidores 

O autoconsumo coletivo permite que vários consumidores partilhem a energia produzida numa instalação comum, a partir de um produtor que tenha espaço para acolher os painéis e não necessite de toda a eletricidade gerada. As Comunidades Solares EDP são um exemplo desta modalidade inovadora, facilitando o acesso à energia solar mesmo para quem não dispõe de espaço próprio para instalar painéis. Este tipo de partilha em bairros solares democratiza o acesso à energia limpa e potencia a poupança coletiva. 

Legislação a considerar 

O autoconsumo de energia fotovoltaica, em Portugal, está enquadrado por legislação específica, que garante segurança, transparência e incentivos à adoção desta tecnologia: 

  • Decreto-Lei n.º 162/2019: estabelece o regime jurídico do autoconsumo de energia renovável, abrangendo as modalidades individual e coletiva;
  • Decreto-Lei n.º 15/2022: detalha os requisitos legais para a implementação de sistemas de autoconsumo, regulamentando as Unidades de Produção para Autoconsumo (UPAC) e as Comunidades de Energia Renovável (CER);
  • Decreto-Lei n.º 30-A/2022: simplifica o licenciamento para instalações até 350W, agiliza o processo para potências superiores e incentiva a criação de comunidades solares, promovendo incentivos fiscais e apoios financeiros.

Este quadro legal abrangente carateriza e tipifica as UPAC, facilitando o acesso ao autoconsumo por parte de habitações e empresas, bem como a partilha de energia dos bairros solares.

O que é uma Unidade de Produção para Autoconsumo (UPAC)? 

A Unidade de Produção para Autoconsumo (UPAC) é o sistema onde ocorre a produção de energia solar para autoconsumo, que não se limita aos painéis solares. Uma UPAC integra todos os equipamentos necessários para captar, converter, distribuir e gerir a energia solar, podendo ser dimensionada para autoconsumo individual ou coletivo, com diferentes dimensões de sistemas. A EDP disponibiliza soluções de solar fotovoltaico que vão dos painéis flexíveis para varandas de apartamentos até aos sistemas massivos em telhados de armazéns ou indústrias. Acrescenta a isso, para particulares ou empresas, baterias para armazenamento energético. 

Componentes essenciais de uma UPAC

  • Painéis solares: captam a energia do sol e convertem-na em eletricidade; 
  • Inversores: transformam a corrente contínua dos painéis em corrente alternada, adequada ao consumo; 
  • Contadores: para instalar uma Unidade de Produção para Autoconsumo (UPAC), é obrigatório ter um contador de energia bidirecional, que mede tanto a energia consumida da rede como a energia devolvida à rede. No caso de UPAC com potência superior a 4 kW, é também obrigatório, além do contador bidirecional, um contador totalizador de produção, que regista a totalidade da energia gerada pelo sistema; 
  • Gestor de energia: é o componente responsável por monitorizar e otimizar o funcionamento da UPAC. Através de soluções como a app EDP Solar, é possível acompanhar em tempo real a produção e o consumo de energia, o aproveitamento do excedente, o armazenamento (quando existem baterias), a injeção na rede, bem como aceder a previsões de desempenho — garantindo uma gestão eficiente e inteligente de toda a instalação; 
  • Baterias: Não são essenciais, mas são cada vez mais uma solução procurada por famílias e empresas para armazenar energia que não está a ser utilizada e consumi-la mais tarde, à noite, por exemplo. A EDP disponibiliza baterias para sistemas domésticos e para empresas, cujos módulos podem ser combinados para uma maior capacidade.

É possível vender o excedente de energia produzida? 

Sim, a legislação portuguesa permite a venda do excedente de energia solar à rede, tornando o autoconsumo ainda mais vantajoso. Com soluções específicas para a venda de excedentes de energia solar, a EDP facilita a burocracia dos registos, permitindo ao produtor obter um retorno adicional que se traduz numa fatura mensal mais reduzida.

Custos e taxas do autoconsumo solar

Não existe uma taxa direta sobre o autoconsumo fotovoltaico, mas sim custos administrativos associados ao registo da UPAC. Estes custos variam consoante a potência instalada e a opção de venda de energia, sendo geralmente residuais face à poupança proporcionada pelo sistema.

Como escolher a melhor instalação de autoconsumo solar?

Escolher o sistema certo de autoconsumo fotovoltaico é essencial para garantir eficiência, poupança e retorno do investimento. Para isso, é necessário avaliar o perfil de consumo energético, as características do imóvel e optar por instaladores qualificados.

Analisar o perfil de consumo energético

Antes de avançar com a instalação de painéis solares para autoconsumo é fundamental compreender o perfil de consumo elétrico — quando e quanto se consome. Existem recursos informativos, como os guias disponibilizados pela Plataforma Poupa Energia (ADENE), que ajudam a interpretar a fatura e a identificar os padrões de utilização. No entanto, para uma análise mais prática e personalizada, o simulador da EDP permite avaliar o perfil de consumo do cliente e dimensionar a solução solar mais adequada às necessidades e características do local.

A análise deve incluir:

  • A quantidade total de energia consumida mensalmente. Os horários em que o consumo é mais elevado (manhã, tarde, noite); 
  • A possibilidade de adaptar os consumos para coincidir com os períodos de maior produção solar (entre as 10h e as 17h). 

Por exemplo, se grande parte do consumo ocorrer durante o dia, a instalação será mais rentável. Caso contrário, poderá justificar-se a instalação de baterias solares, que armazenam o excedente ao longo do dia - quando não está ninguém em casa e o consumo dos eletrodomésticos é residual - para uso posterior. 

Avaliar o local para a instalação

A eficiência da produção solar depende muito das condições do local onde os painéis solares fotovoltaicos vão ser instalados. Considere os seguintes aspetos:

  • Área disponível: o espaço disponível no telhado ou outra estrutura (como uma varanda) deve ser suficiente para acomodar os painéis; 
  • Orientação solar: a orientação ideal é para sul, ou o mais próximo possível, para garantir maior produção de energia; 
  • Sombreamento: árvores, edifícios ou outros obstáculos podem reduzir significativamente a produção de energia, comprometendo a rentabilidade do sistema. 

Estas variáveis afetam diretamente a quantidade de energia que poderá produzir e consumir, o retorno do investimento a longo prazo. 

Critérios para escolher um instalador certificado

Para garantir qualidade, segurança e conformidade legal, é indispensável selecionar instaladores certificados. A lista de entidades reconhecidas pode ser consultada no Sistema de Registo de Instalações Elétricas de Serviço Particular (SRIESP), da Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG). 

Além disso, optar por soluções ‘chave na mão’ pode simplificar todo o processo. A EDP Comercial, por exemplo, disponibiliza todos os equipamentos; garante a instalação com acesso a profissionais certificados e experientes; e dá apoio no registo da Unidade de Produção para Autoconsumo (UPAC) junto da DGEG. Se o cliente autorizar, a empresa trata de todo o processo, desde o pedido de registo até à comunicação da conclusão. 

Qual o preço de um sistema de autoconsumo solar?

Embora o custo inicial ainda seja um dos principais entraves à adoção de sistemas de autoconsumo, os preços têm vindo a baixar significativamente nos últimos anos. Hoje, existem soluções adaptadas a diferentes orçamentos e perfis de consumo. E o retorno, mesmo nos sistemas mais complexos e dispendiosos, é garantido pela longevidade do sistema.

Caso prático: estimativa de custos e poupança

Vamos considerar um exemplo prático baseado em dados da plataforma Poupa Energia:

  • Investimento inicial: para uma UPAC com kit com 2 painéis de potência ronda, em média, os 2.000€, tendo em conta os preços praticados pelos principais operadores do mercado (como a EDP, Galp Solar, Iberdrola ou Goldenergy). Este valor pode variar consoante a marca dos equipamentos, o tipo de instalação e os serviços incluídos (como monitorização ou manutenção);
  • Poupança anual estimada: para uma instalação de média dimensão (como uma UPAC com três painéis solares e uma fatura mensal média de 80€), a poupança anual ronda os 160€ e os 240€, dependendo do perfil de consumo e do grau de autoconsumo alcançado. Este intervalo está em linha com os valores estimados pelo simulador da EDP e por fontes como a Plataforma Poupa Energia; 
  • Custos anuais de operação e manutenção: cerca de 2% do valor investido (24€/ano neste exemplo). 

Este é um exemplo para uma utilização bastante específica. Pode também fazer, na EDP, uma simulação adaptada à sua habitação ou às instalações da sua empresa. 

Com uma utilização adequada, a instalação pode representar uma poupança acumulada de milhares de euros ao longo de mais de 20 anos. Segundo a DECO Proteste, os preços de sistemas de autoconsumo fotovoltaico variam atualmente entre 1.000€ e 5.000€, consoante a potência instalada e a complexidade da obra. Apesar do investimento inicial, a redução da fatura energética compensa a médio prazo, sobretudo em contextos de subida do preço da eletricidade. 

Retorno do investimento e rentabilidade a longo prazo

A rentabilidade de um sistema de autoconsumo solar não se limita à rentabilidade a longo prazo com a poupança na fatura de eletricidade. Vender o excedente de energia à rede gera uma receita adicional e contribui para reduzir ainda mais o tempo de retorno do investimento. 

Com o apoio de empresas especializadas, a produção e gestão da energia torna-se mais eficiente, acessível e vantajosa para particulares e empresas. Entre os muitos serviços de energia solar que disponibiliza, a EDP oferece também soluções específicas para quem pretende vender os excedentes de energia solar. 

O autoconsumo fotovoltaico representa hoje uma oportunidade real para quem quer reduzir custos, aumentar a autonomia energética e contribuir para a sustentabilidade ambiental. Ao analisar bem o seu perfil de consumo, escolher o local adequado e contratar um instalador certificado, estará a garantir um sistema eficiente e rentável, e consegue melhor aproveitar os benefícios desta tecnologia, marcando o início da sua jornada rumo à energia solar. Está pronto para dar o passo em direção a um futuro mais limpo e económico? 

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