Vai equipar a sua cozinha de raiz ou pretende trocar o seu frigorífico por um mais eficiente? Nós ajudamos a escolher o melhor frigorífico para casa e para o seu orçamento.

Há várias questões que devem ser tidas em conta quando se vai comprar um frigorífico. Nomeadamente a composição do agregado familiar, o número de refeições feitas em casa, o tipo de alimentos mais consumidos e o espaço disponível para o aparelho.

Deixamos-lhe aqui algumas dicas para escolher o frigorífico que melhor se adequa a si, à sua família, à sua casa e ao seu orçamento.

Eficiência energética

É um dos critérios mais importantes a ter em conta no momento de escolher um eletrodoméstico de grande porte. Sobretudo o frigorífico que, por estar sempre ligado, é um dos que mais consome energia.

A eficiência pode ir da classe G (menos eficiente e, portanto, menos aconselhável) à classe A (a mais eficiente de todas). Como estes são os eletrodomésticos mais dispendiosos, vale a pena fazer contas para ver se a poupança anual na conta da eletricidade compensa o investimento – mas escolher eletrodomésticos mais eficientes é sempre a melhor aposta.

Em última análise, lembre-se: quanto mais eficiente for o seu frigorífico, melhor – para si, que gastará menos, e também para o ambiente.

Tipo de frigorífico

Há vários tipos de frigorífico e a escolha não depende apenas do gosto. É melhor pensar em qual se adequa mais às suas necessidades e às do seu agregado familiar. É fácil sonhar com um frigorífico americano, enorme, estrela de qualquer cozinha, daqueles que vemos nos filmes. Mas será que é o melhor para a sua casa? Para fazer a melhor escolha, importa saber que tipos de frigorífico existem.

Frigorífico sem congelador

Não usa congelados ou tem uma arca congeladora que é suficiente para as suas necessidades? Então esta pode ser a melhor escolha para si. Não só não gasta energia adicional na congelação, como aproveita todo o espaço para aquilo que mais lhe convém: o armazenamento de frescos.

Frigorífico com congelador

Este foi, durante muitos anos, o tipo de frigorífico mais comum nas casas portuguesas. É composto por duas zonas separadas: em cima a de congelação, em baixo a zona de refrigeração, e pode ter uma ou duas portas. Normalmente, quando comparado com os frigoríficos combinados, tem menor espaço de congelação. Ainda assim, permite arrumar peças maiores pois não está limitado por gavetas (e a prateleira que muitas vezes possui é quase sempre amovível). Além disto, é uma opção mais confortável para quem recorre com maior frequência a congelados, pois estando em cima são mais acessíveis - em contrapartida, terá que se baixar para ir buscar uma alface à gaveta dos vegetais do frigorífico.

Frigorífico combinado

Apesar de também ter congelador, este frigorífico tem uma denominação diferente devido à disposição das duas zonas: em cima fica a parte de refrigeração, em baixo a de congelação. Habitualmente tem mais espaço de congelação disponível que o frigorífico com congelador. É a opção mais frequente entre as famílias portuguesas e não é por acaso: permite um melhor acesso à porta da refrigeração, deixando os congelados em baixo, a que habitualmente se recorre menos, pelo menos numa alimentação mais equilibrada, que se quer com uma presença maior de frescos. Para ajudá-lo a fazer a compra mais acertada, selecionámos um conjunto de frigoríficos combinados eficientes das melhores marcas. 

Porta do frigorifco aberta com desennhos colados

Frigorífico americano

É o sonho de muitas pessoas e não é por acaso. De maior dimensão, costuma ter duas zonas separadas, a de congelação e a de refrigeração, que se encontram lado a lado (side by side), contando ainda com um sistema que permite a obtenção de gelo e água fresca sem abrir a porta e, por isso, sem desperdiçar energia. É a opção ideal para famílias numerosas, cujas cozinhas sejam bastante espaçosas e nas quais se pondera logo este tipo de frigorífico durante as obras, de forma a poder encastrá-lo no mobiliário. Mas atenção: este tipo de frigoríficos é tradicionalmente mais caro.

Capacidade

Nem todos os frigoríficos são iguais e a sua capacidade pode ser muito distinta. Além do espaço disponível na cozinha e da dimensão do seu agregado familiar, vale a pena ter em conta a utilização que vai fazer do eletrodoméstico. Deixamos uma ideia geral sobre a adequação da capacidade do frigorífico a diferentes casos.

  • Até 250 litros: são os frigoríficos mais pequenos, podem ser adequados para agregados familiares pequenos, até duas pessoas
  • Entre 251 e 300 litros: justificam-se para famílias de três a quatro pessoas
  • Entre os 301 e os 350 litros: são uma boa opção para famílias de quatro a seis elementos
  • Entre os 350 400 litros: a solução adequada para famílias de seis a oito pessoas
  • Superior a 400L: ideal para famílias com mais de oito pessoas

Além da composição do agregado, vale a pena ponderar o número de refeições feitas em casa. Se todos almoçarem e jantarem vai precisar de mais espaço do que se apenas jantarem. O mesmo é válido para a frequência com que faz compras no supermercado - diária, semanal, quinzenal ou mensal - e se compra, ou não, muitos frescos. Tal como se cozinha diariamente ou se prefere deixar as refeições prontas para a semana. Se for aquela pessoa que não gosta de perder tempo e aproveita o domingo para preparar as refeições para a semana, é possível que necessite de menor capacidade disponível, já que os alimentos confecionados ocupam muito menos espaço. E se tiver o hábito de fazer compras para o mês, lembre-se que irá necessitar de bastante mais espaço do que se optar por fazer compras semanal ou diariamente.

Sistema de frio

É outro dos critérios a ter em conta na escolha do frigorífico, sobretudo na parte de congelação. Apresentamos, de forma resumida, cada um dos diferentes sistemas de frio e as suas principais características.

No Frost

Ideal para quem não quer fazer descongelações periódicas. Este sistema não acumula gelo e recupera rapidamente a temperatura depois da abertura de portas. Mas não são só vantagens: esta opção é habitualmente mais cara na compra e poderá aumentar a despesa da eletricidade.

Low Frost

Reduz a formação de gelo mas, mesmo assim, implica ter de fazer algumas – poucas – descongelações periódicas. É uma opção mais económica que o no frost.

Estático

Este sistema implica cerca de duas descongelações por ano e demora um pouco mais a atingir a temperatura ideal – o frio arrefece as paredes do frigorifico que, depois, arrefecem o ar e, por fim, os alimentos. No entanto, é o sistema de frio mais económico.

Ventilado

Semelhante ao sistema estático mas, graças à ventilação, a temperatura é alcançada mais rapidamente, sendo uniforme junto às paredes ou no centro do frigorifico, permitindo uma melhor conservação dos alimentos. É menos económico que o estático tradicional mas mais económico que o no frost, sendo um bom compromisso entre ambos. Também exige uma descongelação periódica.

Design

Definidos os factores primordiais para a escolha de um frigorífico, há quem não abdique do aspeto visual do aparelho, tratando-o quase como uma peça de mobiliário – onde a vertente estética é, normalmente, mais valorizada. O design é, cada vez mais, uma característica muito valorizada, obrigando os fabricantes a apostarem em linhas mais modernas ou, pelo contrário, na recuperação de modelos vintage.

Se não resiste a um design intemporal, seguramente sabe que não existem frigoríficos mais emblemáticos do que os SMEG, marca italiana que tem uma das gamas mais reconhecidas mundialmente - eletrodomésticos coloridos com design dos anos 1950. 

Independentemente da dimensão da sua família – pequena ou muito numerosa – ou das características que mais valoriza num frigorífico – eficiência energética, funcionalidades, capacidade ou até mesmo design – tem opções para todos os gostos.